O cristão precisa estar de acordo com o que a Bíblia ensina, e portanto, não pode ser a favor nem do suicídio, nem da eutanásia e nem da pena capital.
O sexto mandamento diz “Não matarás” (Ex. 20:13). Esse mandamento engloba toda e qualquer atitude humana que tenha o propósito de tirar ou antecipar a morte tanto de si mesmo como de outrem. “Não matarás” é o mesmo que dizer “não tirarás a vida de seu semelhante”, pois a nossa vida é um dom de Deus e também sabemos que ela está em Suas mãos (Gn. 4:10; I Sm.2:6; Sl.39:4-5; Is.38:5; Jo.1:4 e 10:10; Cl.3:3).
O texto de I Sm.31:4-6 e II Sm.1:6-10 nos dá a entender que Saul tentou suicidar-se, para não passar pela desonra de ser morto pelos seus inimigos; como não conseguiu fazê-lo sozinho, contou com a ajuda de um amalequita que, podemos dizer que praticou um ato de eutanásia, apressando a morte de Saul para colocar fim ao seu sofrimento.
Apesar de Deus nos ter deixado esse mandamento “não matarás”, sabemos que atualmente a medicina aplica a eutanásia passiva, quando aplica drogas injetáveis em doentes terminais, com o objetivo de aliviar suas dores, mesmo sabendo que seus efeitos irão gradualmente perdendo o efeito aliviador e passam a provocar um efeito debilitador, apressando a chegada da morte. Essa postura medicinal tem sido aceita na sociedade atual, pois não pode ser considerada como a eutanásia radical propriamente dita.
Quanto a pena capital, entendemos que Deus determinou que o homicida deveria morrer, pois seu sangue seria expiação pelo sangue da vítima; essa sentença seria executada para o homicida que matasse alguém de forma consciente (Nm.35:16-21). Para os que matassem alguém por um acidente alheio à sua vontade, estariam livres de morrer se ficassem morando numa das cidades de refúgio que estavam designadas para isso (Nm.35:22-34). No A.T. a lei era “olho por olho e dente por dente” (Ex.21:23-25), porém Jesus durante o seu ministério terreno se reporta a essa lei e ensina que devemos amar aos nossos inimigos (Mt.5:38-48); dessa forma, se o Antigo Testamento sugere e indica a pena capital, no Novo Testamento Jesus condena essa prática e nos ensina a exercer o amor e o perdão tanto aos nossos inimigos como também àqueles que nos ferem.
Jesus veio para nos dar vida, e pela fé cremos que Seu amor expressado por toda a humanidade, através de Sua morte alí na cruz do Calvário, tem poder para transformar e libertar o mais vil pecador. (I Tm.1:15; Hb. 10:16-19) O melhor exemplo foi o ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus e recebeu salvação instantânea (Lc. 23:42-43; Rm. 5:8-11).
Quanto ao suicidio, entendemos que é uma passagem para a eternidade de uma forma antinatural, contrária às leis divinas. O suicidio é contrário ao amor que o individuo deveria ter, tanto para consigo mesmo, quanto para com seu próximo. É também considerado uma ofensa à sociedade, pois ninguém vive para si mesmo, como também ninguém morre para si mesmo. O suicídio também usurpa o poder de Deus, pois é o único que pode tomar decisões quanto o viver e o morrer do homem; principalmente o cristão, que é o Templo do Espírito Santo (1 Cor. 6:19), estando em sã consciência, nunca deveria pensar em cometer esse ato.
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à Árvore da Vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e o feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap. 22:14-15)
Por Sonia Valerio da Costa, em 26/11/2012
Acesse outros artigos e publicações através do Índice Geral