Propositadamente resolvi assistir o filme somente agora, pois desejava emitir minha opinião pessoal sem interferências externas, nem da mídia nem dos “críticos” que tem o prazer de dissecar a produção, para encontrarem apenas falhas.
Assim é “Avatar”. Um dos filmes mais comentados e que gerou bastante polêmica, principalmente em “guetos sociais”, que por terem medo do desconhecido emitem opiniões precipitadas e deturpadas da realidade, e procuram embasar suas teorias na significação da origem dos termos utilizados nas produções cinematográficas. Com isso, acabam perdendo as mensagens importantes que o filme pode nos trazer para nossa reflexão filosófica e que podem proporcionar excelente bagagem para nosso conhecimento.
Achei a produção cinematográfica excelente e aprendi grandes lições com as mensagens transmitidas através do enredo proposto. Entendo que o termo “avatar” empregado como título do filme, não foi escolhido com base na origem hinduísta da palavra, mas pela forma como essa palavra foi popularizada devido aos jogos de computador, onde avatar é um personagem criado, para representar o jogador, que coloca nele, as características que deseja; o jogador dá ao seu avatar, capacidades e virtudes que ele mesmo não possui na vida real.
No filme cria-se em laboratório, diversos avatares, mas apenas Jake, um soldado que se tornou paraplégico na guerra, consegue por meios de uma nova tecnologia, tranferir sua mente para um corpo são (um avatar). Mentalmente, através do seu avatar ele consegue o “milagre” de viver de forma “normal”, num outro planeta – Pandora – onde vivem os Na’vi; é através da mente que ele consegue contato com esses habitantes. Em paralelo, sua aventura mental é registrada e monitorada em laboratório, por cientistas e governantes, com interesses bastante diversificados; as aventuras vivenciadas pelo avatar de Jake no planeta de Pandora, causam perplexidade para alguns dos cientistas que o observam, e desprezo e indignação em outros.
Não pretendo fazer sinopse do filme, mas sim despertar nos leitores, através deste comentário pessoal, o desejo de assistir esta espetacular produção cinematográfica.
O que aprendi com Avatar:
– Quando agimos em silêncio, o resultado de nossas ações passa a ser mais rápido, mais coerente, mais forte, mais acertado e o melhor, sempre pegamos o inimigo de surpresa. Entendo que é por isso que Deus age em silêncio; suas obras são perfeitas e falam por si mesmas. (Sl.10:1)
– Não se pode encher um corpo que já está cheio. Se nosso corpo estiver verdadeiramente cheio do Espírito Santo (Ef. 5:18b), não haverá espaço para as obras da carne, mas somente para produzirmos frutos do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança). (Gal. 5:16-26)
– Para entendermos os significados de uma cultura social, precisamos imergir nela de corpo e alma. Jesus Cristo não veio como um avatar para conhecer apenas mentalmente as nossas dores e sofrimentos; Ele não possuiu um corpo humano, mas se fez 100% humano, para poder ter o direito de morrer em nosso lugar, tomando sobre si os nossos pecados. Jesus ressuscitou corporeamente, não num outro corpo, mas num corpo transformado e glorificado. Ele nos deixou o exemplo real de que, se simbolicamente “morrermos” com Ele, também teremos nosso corpo transformado e glorificado, o que nos dará o direito de morarmos eternamente com Ele. (Rom. 6:8)
– O homem sem Deus, se faz um semideus e acaba se autoglorificando de forma inconsequente. Nessa situação não consegue medir as consequências de seus próprios atos que são apenas carnais, ou seja: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizade, porfia, emulação, ira, peleja, dissensão, heresia, inveja, homicídio, bebedice, glutonaria, (Gal. 5:19-21), ganância, prepotência, orgulho, etc.
– Cada pessoa precisa nascer duas vezes. Uma pela vontade da carne e a outra pelo espírito. É isto que significa o livre arbítrio que Deus nos dá, de nascermos novamente pelo Espírito de Deus ou pelo espírito do Anticristo. Nosso segundo nascimento que é feito por nossa livre e espontânea vontade, é que vai determinar o lugar onde passaremos a eternidade. (Jo. 1:12-13 e 3:3-7)
Meus elogios para James Cameron por essa espetacular e impressionante produção, tanto em conteúdo, quanto em efeitos especiais.
“Examinai tudo. Retende o bem”. (Bíblia Sagrada – ARC, I Tes. 5.21) – “Mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (Mesmo texto bíblico, na Versão NVI)

Este comentário está baseado em:
O próprio Filme Avatar.
Ekström, Leif. Avatar. In: Jornal Luz nas Trevas, jun de 2010, p. 4.
Bíblia Sagrada nas versões ARC e NVI.
Sonia Valerio da Costa
04/07/2010
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