A origem da comemoração do Dia da Mulher foi um episódio muito triste que aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos, em 08 de março de 1857. Nesse dia, 129 operárias de uma fábrica de tecidos declararam greve por melhores salários e melhores condições de trabalho. Elas se recusaram a sair da fábrica e morreram em um incêndio criminoso. Por causa disso, essa data entrou para a história e foi escolhida para ser o Dia Internacional da Mulher.
Em plena Revolução Francesa, surgiu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. Lemos em seu preâmbulo: “As mães, as filhas, as irmãs, representantes da nação, pedem para ser constituídas em Assembléia Nacional. Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo pelos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos governantes, as mulheres resolveram expor os seus direitos naturais, inalienáveis e sagrados em uma declaração…”
Em consequência, o sexo superior em beleza e coragem nos sofrimentos maternos reconhece e declara, em presença do Ser supremo, os seguintes direitos da mulher cidadã:
Artigo 1º – A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As diferenças sociais podem ser baseadas no bem comum.
Artigo 2º – A finalidade de qualquer associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem; esses direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão.
Essa Declaração cujo texto completo compreende dezessete artigos, semelhante à declaração de 26 de agosto de 1789, escrita por uma simples cidadã, nunca foi reconhecida e, portanto, nunca teve valor jurídico. A própria autora, Olympe de Gouges, foi guilhotinada em 1793.
Todavia muitos se conscientizaram de que o homem e a mulher têm os mesmos direitos e, por isso, devem ser tratados com o mesmo respeito e a mesma dignidade.
A Mulher exemplar
“Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis. Seu marido tem plena confiança nela e nunca lhe falta coisa alguma. Ela só lhe faz o bem, e nunca o mal, todos os dias da sua vida. Escolhe a lã e o linho e com prazer trabalha com as mãos. Como os navios mercantes, ela traz de longe as suas provisões. Antes de clarear o dia ela se levanta, prepara comida para todos os de casa, e dá tarefas às suas servas. Ela avalia um campo e o compra; com o que ganha planta uma vinha. Entrega-se com vontade ao seu trabalho; seus braços são fortes e vigorosos. Administra bem o seu comércio lucrativo, e a sua lâmpada fica acesa durante a noite. Nas mãos segura o fuso e com os dedos pega a roca. Acolhe os necessitados e estende as mãos aos pobres. Não teme por seus familiares quando chega a neve, pois todos eles vestem agasalhos. Faz cobertas para a sua cama; veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é respeitado na porta da cidade, onde toma assento entre as autoridades da sua terra. Ela faz vestes de linho e as vende, e fornece cintos aos comerciantes. Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. Fala com sabedoria e ensina com amor. Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça. Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: “Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera”. A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme o Senhor será elogiada. Que ela receba a recompensa merecida, e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade.” (Palavras de Salomão – Pv. 31:10-31)
Fontes de pesquisa:
– EcoKids: Guia de Datas Comemorativas (Marli Mitsunaga)
– Origem das Datas Comemorativas (Mário Basacchi)
Compilado por: Sonia Valerio da Costa, em 02/03/2010
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