Entendemos que o suicídio é uma passagem para a eternidade de uma forma antinatural e contrária às leis divinas. O suicídio é contrário ao amor que o individuo deveria ter tanto para consigo mesmo, quanto para com seu próximo. É também considerado uma ofensa à sociedade, pois ninguém vive para si mesmo, como também ninguém morre para si mesmo. O suicídio também usurpa o poder de Deus, pois é o único que pode tomar decisões quanto o viver e o morrer do homem; principalmente o cristão, que é o Templo do Espírito Santo, estando em sã consciência, nunca deveria pensar em cometer esse ato.
O suicídio intercepta a realização não somente dos sonhos da pessoa que tem pensamentos suicidas, mas também impossibilita a concretização dos propósitos divinos que Deus desenhou individualmente para cada ser humano formado em ventres maternos (Sl.139:13-16). Jesus Cristo veio para nos trazer vida, e vida com abundância (Jo. 10:9-11). Não podemos permitir que os reveses passageiros desta vida, venham destruir um plano muito maior e eterno que Deus planejou para seus filhos. Deixemos que o Espírito Santo de Deus assopre vida (Jo. 20:22) dentro de nós e, com certeza, todos os pensamentos de morte desaparecerão (Jo.11:25).
O sexto mandamento diz “Não matarás” (Ex. 20:13). Esse mandamento engloba toda e qualquer atitude humana que tenha o propósito de tirar ou antecipar a morte tanto de si mesmo como de outrem. “Não matarás” é o mesmo que dizer “não tirarás a vida de seu semelhante”, pois a nossa vida é um dom de Deus e também sabemos que ela está em Suas mãos (Gn. 4:10; I Sm.2:6; Sl.39:4-5; Is.38:5; Jo.1:4 e 10:10; Cl.3:3).
Apesar de Deus nos ter deixado esse mandamento “não matarás”, sabemos que atualmente a medicina aplica a eutanásia passiva, quando aplica drogas injetáveis em doentes terminais, com o objetivo de aliviar suas dores, mesmo sabendo que seus efeitos irão gradualmente perdendo o efeito aliviador e passam a provocar um efeito debilitador, apressando a chegada da morte. Essa postura medicinal tem sido aceita na sociedade atual, pois não pode ser considerada como a eutanásia radical propriamente dita.
O texto de I Sm.31:4-6 e II Sm.1:6-10 nos dá a entender que Saul tentou suicidar-se, para não passar pela desonra de ser morto pelos seus inimigos; como não conseguiu fazê-lo sozinho, contou com a ajuda de um amalequita que, podemos dizer que praticou um ato de eutanásia, apressando a morte de Saul para colocar fim ao seu sofrimento.
Quanto a pena capital, entendemos que Deus determinou que o homicida deveria morrer, pois seu sangue seria expiação pelo sangue da vítima; essa sentença seria executada para o homicida que matasse alguém de forma consciente (Nm.35:16-21). Para os que matassem alguém por um acidente alheio à sua vontade, estariam livrem de morrerem se ficassem morando numa das cidades de refugio que estavam designadas para isso (Nm.35:22-34). No A.T. a lei era “olho por olho e dente por dente” (Ex.21:23-25), porém Jesus durante o seu ministério terreno se reporta a essa lei e ensina que devemos amar aos nossos inimigos (Mt.5:38-48); dessa forma, se o Antigo Testamento sugere e indica a pena capital, no Novo Testamento Jesus condena essa prática e nos ensina a exercer o amor e o perdão tanto aos nossos inimigos como também àqueles que nos ferem.
Jesus veio para nos dar vida, e pela fé cremos que Seu amor expressado em favor de toda a humanidade, através de Sua morte ali na cruz do Calvário (Lc. 23:34), tem poder para transformar e libertar o mais vil pecador. (I Tm.1:15; Hb. 10:16-19) O melhor exemplo foi o ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus e recebeu salvação instantânea (Lc. 23:42-43; Ro.5:8-11).
O cristão precisa estar de acordo com o que a Bíblia ensina, e portanto, não pode ser a favor nem da eutanásia, nem do suicídio e nem da pena capital.
“E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” (Jo. 10:28-30)
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo. 3:16)
“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Ro. 8:18)
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à Árvore da Vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de for a os cães e o feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap. 22:14-15)
Por Sonia Valerio da Costa
Em 26/11/2012
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