A incidência de câncer na região gastrointestinal, tanto em pessoas da minha família, quanto em pessoas próximas ao meu convívio social, têm me trazido uma certa preocupação, por isso decidi compartilhar alguns hábitos alimentares que desenvolvi mediante orientação médica e complementando com pesquisa sobre o assunto e pois creio que será de grande valia aos leitores deste Blog. Bendita a hora que me consultei com uma médica Proctologista (Dra. Mônica Halabi Auad) que me orientou a não mais tomar laxantes, pois com uma alimentação funcional, meu intestino voltaria a funcionar com normalidade; não demorou uma semana para que eu percebesse que ela tinha razão. Hoje, após 3 anos, utilizando apenas alimentos, vejo minha saúde completamente renovada.
A maior dificuldade que encontramos hoje em dia é a falta de tempo para escolhermos e prepararmos os alimentos de forma saudável para que possamos ficar bem nutridos. Já me consultei com diversos Nutricionistas e Nutrólogos e tenho à minha disposição inúmeros cardápios que nunca consegui seguir por muito tempo. A Internet também nos oferece diversas opções de cardápios apresentados por Nutricionistas bastante competentes, mas, se não tivermos consciência de que não podemos apenas “comer”, mas sim nos “alimentar” para o bem da nossa saúde, de nada vai adiantar buscarmos informações a esse respeito.
A ingestão frequente de produtos industrializados associado à prisão de ventre, aumentam a toxidade da microbiota intestinal, proporcionando ambiente favorável para a formação de pólipos, que inicialmente são benignos e podem ser retirados através do exame de colonoscopia. Os médicos orientam que a partir dos 50 anos, todos deveriam fazer esse exame para verificar a saúde do intestino grosso. Esses pólipos que no início são benignos, ao longo dos anos, podem desenvolver malignidade; por isso que é importante fazer uma consulta com um médico Proctologista, pois qualquer tipo de problema de saúde, quando tratado no início do diagnóstico, tem uma porcentagem muito alta de cura.
Creio que todos nós já ouvimos falar que “nós somos o que comemos” e creio que essa frase faz muito sentido quando pensamos em alimentação saudável e funcional. Assim, minha sugestão para os leitores deste Blog é que fiquem atentos ao comportamento do seu organismo e que possam buscar uma alimentação saudável, pois envelhecer com saúde, é fundamental para uma boa qualidade de vida.
Comer, assim como respirar e dormir, faz parte das nossas necessidades básicas de sobrevivência e é também uma fonte de satisfação. Portanto, vale a pena separarmos pelo menos 30 minutos para fazermos uma refeição prazerosa e que possa surtir um efeito benéfico para a nossa saúde. Se tivermos um tempo disponível menor que 30 minutos, é melhor comermos apenas uma fruta, ou uma barrinha de nuts, sempre preferindo as que tenham baixa caloria.
A seguir, quero destacar alguns hábitos que estou assimilando aos poucos em minha rotina diária, e já tenho alcançado resultados bastante satisfatórios.
– No desjejum começo com um copo de chá quente, depois uma porção de frutas com aveia e só então vou tomar café com pão (francês integral ou broa de milho), acompanhado de antepasto de berinjela, ou carne louca, ou ovos mexidos. Raramente como manteiga ou queijo; margarina nunca!
– Sempre começo meu almoço e jantar com uma salada de folhas (alface e couve ou repolho) com legumes ralados (cenoura e/ou beterraba) e uma fruta picada (½ maçã ou 1 ameixa ou ¼ manga), ou um ovo cozido; pulverizo uma pitada de sal, açafrão e pimenta-do-reino branca e rego com azeite. Se escolher legumes cozidos ou mesmo grãos, os deixo “al dente” para proporcionar melhor mastigação. Após a salada, vou para os pratos quentes, arroz integral, feijão, um pedaço de carne, uma verdura e um legume refogados no alho com cebola. Gosto mais do arroz integral ou quando muito, o parboilizado, pois contêm mais nutrientes e proporcionam maior saciedade que o arroz branco. Pode parecer que o tamanho do meu prato seja exagerado, mas não; eu como pequenas porções de cada alimento, pois prefiro qualidade e variedade.

– Sempre como uma fruta no lanche da tarde (uma porção de manga, ou mamão, ou ameixa, ou pera, ou laranja, ou uma banana cozida com canela). Essas são as frutas que melhor me proporcionam uma boa digestão.
– Minha alimentação diária é estilo caseira e eu mesma que preparo. Estou sempre atenta para fazer uma boa mastigação pois aprendi que a salivação tem um papel muito importante na digestão, evitando a sensação de abdômen “estufado”.
– Procuro respeitar os horários certos para as principais refeições (desjejum, almoço e jantar) e tenho percebido que esse hábito tem contribuído para um regramento da digestão, fazendo com que os órgãos que fazem parte do sistema digestório, funcionem melhor e dentro da normalidade.
– Em média, procuro ingerir 3 porções de fruta por dia. Tomo pelo menos 1 e ½ litro de água, sempre fora das refeições e tenho evitado ao máximo ingerir ou utilizar produtos industrializados nas minhas refeições.
Os alimentos escolhidos para esse novo hábito que adquiri, são fundamentados tanto em orientações médicas quanto nutricionais, e também em pesquisas científicas e de estudo de caso. Assim, espero ter contribuído de alguma forma no compartilhamento da minha experiência. Segue abaixo alguns links que poderão enriquecer as informações que compartilhei.
https://www.youtube.com/c/DraGiselaSavioliNutricionista
Intestino: onde tudo começa e não onde tudo termina
https://www.youtube.com/c/DrFernandoLemos
https://instagram.com/dr.fernando_lemos?igshid=YmMyMTA2M2Y=
Por Sonia Costa
Em 23/07/2022